Texto: Weverton Galease
Fotos e Dados : Adega de Monte Barro
Um projeto, uma solução? Foi assim que prosseguiu a 'entrada' de uma solução à Ilha do Fogo, em Cabo Verde, país lusófono africano. Com a ideia de promover um desenvolvimento à região, nasceu em 2005 o 'Vinha Maria Chaves', projeto com apoio do governo local, ao qual cedeu terrenos para o cultivo da uva durante 50 anos, e a partir disso, se tornar em um grande produtor de vinho. Porém, a região é de clima muito seco, o que fez com que houvesse um alto investimento em irrigação, foram necessários 6 km de rede ligada ao aqueduto, para garantir a irrigação 'gota a gota' todos os dias. A cisterna de 400 m³ está localizada a 920 metros a nível do mar. Os resultados começaram aparecer no verão de 2012, porém ainda não com toda a produção disponível, devido claro ao clima regional, que é um grande obstáculo, até 2015 cerca de 50% de cultivo já é produzido, em 2016 chegará à 100% de cultivo da área, aumentando em dobro os milhares de litros vinhos produzidos.
Ao lado do projeto da vinha, desenvolve-se o da 'Adega de Monte Barro', anexa, destina-se à transformação da uva em vinho, nos seus respectivos processos : refinação, engarrafamento, rotulagem, envelhecimento, embalagem, e o acondicionamento da garrafas.
O projeto foi elaborado por profissionais italianos, são vários setores ligados aos projetos vinha-adega, desde a agricultura ao turismo, de formação profissional à criação de uma pequena industria de vinho. A tendência é de que em breve os italianos saiam de cena, e que os projetos sejam comandados apenas por cabo-verdianos.
Porém o grande desafio é manter a água e a energia na Ilha do Fogo, já que uma vez os custos são muito altos, por exemplo, o bombeamento de água chega a custar 137 mil Euros, enquanto manter a energia, chega aos 149 mil Euros.
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